Rela comum mas esta vive no meu Mont'Encantado
Esta rela arborícola, comum em Portugal, é muitas vezes confundida com a rela-meridional, mas a Hyla arborea possui uma mancha escura desde os olhos à virilha que separa o seu dorso verde (ou castanho), do ventre claro. O seu canto é também mais rápido, chegando aos 3 sons por segundo, enquanto que a rela meridional se mantêm no ritmo de 1 som por segundo.
Habitam zonas com vegetação luxuriante, normalmente próximo de água, mas podem ser vistas muito longe dela, o que lhes dá um aspecto ressequido e frágil. São ameaçadas pela poluição, pela agricultura com uso de pesticidas e pela introdução de animais exóticos.
Os adultos são insectívoros, caçam aranhas, formigas, moscas e outros pequenos invertebrados (as relas não crescem mais do que 5cm), no entanto as suas larvas preferem matéria vegetal.
Estes batráquios podem ser vistos de manhã, ao anoitecer e durante a noite, apesar de sairem dos seus esconderijios durante o dia se existir grande humidade e se o céu estiver encoberto.
Apenas os machos cantam para atrair as fêmeas na Primavera, e fazem-no em conjunto, tornando mais difícil aos predadores ligar o barulho à rela correspondente, se se assustarem calam-se instantaneamente, recomeçando o canto assim que um deles tome iniciativa.
As fêmeas podem pôr de 400 a 1200 ovos, que o macho fertiliza imediatamente enquanto segura a fêmea pelas axilas. Os ovos ficam presos às plantas aquáticas e as larvas eclodem poucos dias depois. Após dois a três meses sofrem metamorfose tornando-se relas como as das fotos publicadas aqui, contudo, só atingem a maturidade sexual entre os três e os quatro anos de vida (a sua esperança média de vida é de cerca de dez anos).
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