domingo, 21 de fevereiro de 2010

Amo-te,




Amo-te
Na penumbra esfumada do entardecer
ante o silencio da minha voz estrangulada...

Amo-te, 
Na ilusão amargurada e inconsciente,
em desafio a vida aniquilada...

Amo-te,
N pureza, em flor, a desabrochar
na asa de um sonho consciente...

Amo-te,
No cálice perfumado do amor 
e na essência angustiante da saudade...

Amo-te,
Num véu de trevas a gelar
e no sabor amargo da infelicidade...

Amo-te,
Nas garras possantes da melancolia
e no delírio atroz da solidão...

Amo-te,
Por entre lágrimas e beijos
nas esferas ardentes da paixão...

Amo-te,
No estreitar de desespero 
e na chama invisível do fracasso...

Amo-te,
Na vaga nublada do impossível
e no trajecto vazio do espaço...

Amo-te,
Na incónita que vagueia perdida
entre nuvens de loucura no meu ser...

Amo-te,
Nas rajadas frias do pensamento
até o meu sangue enlouquecer...

Amo-te, sim amo-te,
Na penumbra esfumada do entardecer...


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